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A pele que habito: Óleos vegetais pt.2| Propriedades de cada um

domingo, 27 de novembro de 2016

Óleos vegetais pt.2| Propriedades de cada um



Esta publicação tem como objetivo ser um guia para quem gosta de óleos e precisa de uma pequena ajuda antes de comprar algum produto.

Como já vos disse na publicação anterior, os óleos vegetais são constituídos essencialmente por triglicerídeos. Há exceções, naturalmente. Mas são os ácidos gordos que fazem parte destes triglicerídeos aqueles que mais ditam as propriedades e aplicabilidade de cada óleo.

Além dos triglicerídeos, os óleos vegetais podem conter também esqualeno, ácidos gordos livres, vitaminas, e uma série de outras substâncias que contribuem mais ou menos para os seu efeitos na pele.

Assim sendo, deixo-vos algumas informações sobre os óleos vegetas mais comuns:


  • Rícino (Castor oil), Ricinus communis
É um dos óleos mais utilizados em cosmética, e tem características que o tornam único. É composto entre 80-90% por triglicerídeos do ácido ricinoleico, mas contém também ácido oleico, linoleico e esteárico. Além disso, podemos encontrar dissolvidas moléculas como o colesterol, a vitamina E, e a ricina, uma proteína que é extremamente tóxica quando ingerida.

É particularmente viscoso, emoliente, e bem tolerado pela generalidade das pessoas.


  • Rosa mosqueta (Rosehip oil), Rosa rubiginosa
Contém essencialmente ácido linoleico, mas também ácido linolénico, e ácido oleico. Para além de ter uma boa ação hidratante, o óleo de rosa mosqueta é muitas vezes utilizado na prevenção e tratamento de cicatrizes, e os dois primeiros ácidos gordos têm sido apontados como os principais fatores para esse efeito.

Pode ser um bom óleo para uma pele acneica, uma vez que o fornecimento de ácido linoleico a uma pele destas parece reduzir a formação de borbulhas.

Adicionalmente, neste óleo podem ser encontrados vitamina C e A, na forma de ácido transretinóico e outros carotenóides, que embora se encontrem em concentrações baixas tornam este óleo particularmente interessante, e podem contribuir para melhorar o processo de cicatrização da pele. 







  • Damasco (Apricot kernel oil)

  • O óleo é constituído na sua maioria por ácido oleico, mas também ácido linoleico, palmítico e uma baixa percentagem de ácido linolénico, que fazem do óleo de damasco um bom emoliente. O ácido oleico tem ação comedogénica, pelo que o óleo puro e produtos com elevada concentração deste ingrediente não serão muito indicados para pele acneica.

    Além disso, podem ser encontrados antioxidantes como as vitaminas A, C e E.







  • Borragem, Borago officinalis

  • Contém elevadas concentrações de ácido linoleico, gama-linolénico e oleico. Para além da importância do primeiro, o segundo parece ser particularmente importante no tratamento dos sintomas da dermatite atópica.

    O óleo de borragem contém também um conjunto de substâncias antioxidantes que ajudam a proteger a pele do stress oxidativo. Aliás, são os estas moléculas que justificam a existência do óleo de borragem em alguns suplementos alimentares dirigidos para pele seca, ou no tratamento e prevenção da "alergia ao sol".






  • Linhaça, Linum usitatissimum

  • É um dos óleos mais ricos em ácidos gordos polinsaturados, na sua maioria ácido linolénico (ómega 3) mas também linoleico, contendo uma concentração razoável de ácido oleico. Este óleo contém também lignanas, que têm ação antioxidante, calmante e estrogénica.


    • Colza, Brassica campestris 
    É constituído maioritariamente por ácido oleico, contendo também uma concentração elevada de ácido linoleico. Por este motivo, também poderá ser comedogénico quando usado sozinho ou em concentração elevada.

     Mas que o distingue dos restantes óleos é o facto de conter esteróis que de acordo com um estudo parecem reparar a barreira cutânea após uma agressão.


    • Côco, Cocus nucifera

    É extraído do fruto e diferencia-se de outros óleos vegetais por ser maioritariamente constituído por ácidos gordos de cadeia média, em especial ácido láurico. É por este motivo que o óleo de côco tende a solidificar à temperatura ambiente, ao contrário da maioria os óleos vegetais.

    Dois estudos demonstraram que este óleo pode ter uma capacidade emoliente igual ou superior à da parafina líquida (óleo mineral) na pele leve a moderadamente seca.

    Além disso, o óleo de côco mostrou também ser capaz de reduzir a proliferação da bactéria S.aureus em pessoas com dermatite atópica. Este que se microrganismo encontra naturalmente na nossa pele e parece ter um papel relevante na exacerbação dos sintomas desta doença, e quando presente em quantidades exageradas pode levar à ocorrência de infeções.

    No entanto, este óleo não deve ser usado para pele oleosa e acneica, pelo menos no estado puro ou em produtos com concentração elevada deste ingrediente. Uma vez que não é absorvido com facilidade poderá tornar a pele mais oleosa e bloquear os poros por onde o sebo deve circular, aumentando a formação de pontos negros e borbulhas.

    É também muito usado em produtos capilares, e por uma boa razão: por serem curtos, os seus ácidos gordos conseguem penetrar a cutícula do cabelo fortalecendo-o desde o interior.


    • Camélia, Camellia japonica

    Este óleo é essencialmente constituído por ácido oleico, contendo também uma pequena quantidade de ácido linoleico. Poderá ser comedogénico para pele acneicas quando usado sozinho ou em concentrações elevadas.

    Além de ser hidratante e emoliente, um estudo sugere que tem também uma boa ação calmante sobre a pele, e por isso poderá ser interessante para peles sensíveis. 



    • Onagra (Evening Primrose), Oenothera biennis
    Tem um elevado conteúdo de ácido gama-linoleico (ómega-6), sendo uma das melhores fontes naturais desta molécula, e contém também ácido linolénico (ómega-3). Além disso, podem ser encontrados carotenóides, vitamina E e fitoesteróis. Desta forma, consegue ter uma ação emoliente e promover a reparação da barreira cutânea, que mantém a pele protegida substâncias irritantes.

    É também encontrado em suplementos alimentares destinados a pele atópica e outros problemas dermatológicos.


    • Soja,  Glycine soja

    Contém maioritariamente ácido linoleico, mas também uma boa concentração de ácido oleico e linolénico. Contém também fosfolípidos, que a par dos ácidos gordo

    Se o óleo de soja for orgânico (não manipulado) poderá não ser indicado para quem sofra de melasma uma vez que este conterá quantidades residuais de fitoestrogénios, e estas moléculas poderão levar a um agravamento a pigmentação. 



  • Cártamo, Carthamus tinctorius


  • É o óleo com maior conteúdo em ácido linoleico que se conhece, e isso torna-o especialmente interessante em cosmética, sobretudo para quem tem pele oleosa e acneica.

    Mas para além ajudar na manutenção da hidratação da pele, o óleo de cártamo inibe a ação de algumas das proteínas que destroem as fibras de colagénio e ajuda na redução da síntese de melanina.

    Tem também ação antioxidante graças ao seu conteúdo em vitamina E.







  • Sésamo, Sesamum Indicum

  • É constituído na sua maioria por concentrações idênticas de ácido oleico e linoleico. Poderá ser problemático para pele acneica quando usado no seu estado puro ou em concentrações elevadas.

    Tem ação antioxidante graças ao seu conteúdo em vitamina E e sesamol. Na Índia é usado desde a antiguidade no tratamento e cicatrização de feridas, e parece haver alguma evidência dessa ação.







  • Amêndoas, Prunus amygdalus

  • Este óleo é essencialmente constituído por ácido oleico, tendo também uma quantidade moderada de ácido linoleico. Mais uma vez, não é o mas indicado para ser usado em pele acneica quando presente em elevada concentração.

    É muito utilizado como emoliente uma vez que é também facilmente absorvido pela pele, fazendo também parte da constituição de produtos de maquilhagem.







  • Abacate, Persea americana

  • O óleo contém essencialmente ácido oleico, mas também linoleico, e por isso é facilmente absorvido quando aplicado na pele. Além disso, este óleo contém tambem vitaminas A e E.

    Alguns estudos sugerem que o óleo de abacate é útil na aceleração da cicatrização de feridas.







  • Azeite, Olea europaea

  • É maioritariamente constituído por ácido oleico, e por isso será um pouco viscoso demais para quem tem pele oleosa. Contém também um conteúdo interessante de vitamina E, polifenóis e esqualeno.

    Tudo isto faz com que o azeite seja especialmente emoliente e protetor por escudar a pele dos radicais livres.







  • Avelã, Corylus avellana

  • É composto na sua maioria por ácido oleico, contendo uma quantidade moderada de ácido linoleico. Embora seja usado em alguns produtos para pele oleosa a mista, poderá não ser o mais indicado para quem tiver tendência para acne.

    O óleo de avelã contém também fosfolípidos que poderão melhorar aumentar a durabilidade da hidratação que este óleo oferece.

    Tem também ação antioxidante graças ao seu conteúdo em vitamina E.







  • Cânhamo, Cannabis sativa


  • O seu óleo é constituído na maioria por ácido linoleico, contendo também uma concentração razoável de ácido alfa-linolénico. Estes dois ácidos gordos estão distribuídos numa proporção perfeita, o que dá um interesse especial a este óleo. A sua composição faz com que tenha uma ação emoliente e que penetre facilmente a pele.

    Além disso, podem ser encontradas no óleo de cânhamo as vitaminas A, C e E

    Não há risco de este ingrediente despoletar efeitos psicotrópicos uma vez que o óleo de canhâmo usado em cosméticos não poderá conter THC.







  • Macadâmia, Macadamia integrifolia

  • É composto predominantemente por ácido oleico, mas tem também uma quantidade interessante de ácido palmitoleico. É o óleo que se conhece com maior concentração de gorduras monoinsaturadas.

    Além disso, é também uma das melhores fontes naturais de vitamina E e contem esqualeno.







  • Jojoba, Simmondsia chinensis

  • Na verdade este óleo é um bocadinho diferente de todos os outros. De todos, é aquele cuja consistência mais se parece com a do sebo da nossa pele, e por isso tem um interesse especial. É composto na maioria por ácido eicosenóico e erúcico, e respetivos álcoois.

    Alguns estudos mostram que este óleo pode ter ação calmante na pele, e pensa-se que possa também inibir a degradação de colagénio na pele, contribuindo assim para retardar o envelhecimento.







  • Girassol, Helianthus annus

  • É constituído na sua maioria por ácido oleico e linoleico, e é utilizado essencialmente pela sua ação emoliente. É um ingrediente particularmente acessível.


    • Semente de uva (Grapeseed), Vitis vinifera

    É maioritariamente constituído por ácido linoleico, contendo apenas uma ligeira quantidade de ácido oleico. Isso faz com que seja um bom óleo para uma pele mais oleosa ou acneica, já que o ácido linoleico ajuda a reduzir o aparecimento de lesões da acne.

    É emoliente, e segundo um estudo realizado em animais poderá ter também algum poder cicatrizante.

    • Argão, Argania spinosa
    Contém essencialmente ácido oleico mas contém também quantidades consideráveis de ácido linoleico, palmítico e é uma boa fonte de vitamina E.

    Não será o óleo mais indicado para pele acneica, sobretudo em concentrações elevadas, para além de ser particularmente caro.


    • Cenoura, Daucus carota
    Contém maioritariamente ácido petroselínico (semelhante ao ácido oleico), e pequenas quantidades dos ácidos linoleico e palmítico. Tem ação emoliente e ´facilmente absorvido pela pele.

    Por ser rico em vitamina A, que lhe dá uma tonalidade alaranjada, é muito usado em óleos bronzeadores.

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